Os processos formativos rizomáticos são inspirados na Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari, especialmente, no conceito de rizoma. O termo “rizoma”, emprestado da botânica, refere-se a um tipo de caule que cresce horizontalmente, formando conexões em diversos pontos, sem um centro ou origem fixa. Contrariando o modelo hierárquico, cartesiano, valoriza as múltiplas interconexões e fluidez das relações entre os saberes.
Nesse contexto, os processos formativos rizomáticos, pensados na perspectiva da mediação na formação do professor de Geografia, no que se refere aos estudos da Cartografia escolar, propõem interatividade em rede de conhecimentos, explorando caminhos e bifurcações na ideia de intensidades em movimento. Promovem a horizontalidade do saber, guiados pelos princípios rizomáticos da conexão, heterogeneidade, multiplicidade, ruptura assignificante, cartografia e decalcomania.
O princípio rizomático da Conexão significa que qualquer ponto de conhecimento pode se ligar a outro, sem precisar seguir uma ordem específica. Isto é, não há uma sequência fixa ou centralizada para aprender ou entender algo. Do contrário, os alunos podem fazer conexões entre suas experiências e os conteúdos que estão aprendendo, criando uma rede de conhecimento onde tudo está interligado de forma livre e fluida.